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Entenda a Consignação em Pagamento Extrajudicial segundo o Novo Código de Processo Civil   Em nosso escritório de advocacia, entendemos a importância da consignação em pagamento extrajudicial conforme o novo Código de Processo Civil. Esse procedimento especial, embora mantenha algumas similaridades com o procedimento comum, apresenta diferenças significativas que devem ser compreendidas. A consignação em pagamento extrajudicial é uma opção para o devedor ou um terceiro depositarem a quantia devida em um estabelecimento bancário oficial ou privado, quando não há um estabelecimento oficial disponível na cidade. Esse procedimento pode ser utilizado para o pagamento de quantias em dinheiro, inclusive aluguéis e seus encargos. A comunicação do depósito ao credor é realizada por meio de carta com aviso de recebimento, concedendo-lhe um prazo de 10 dias para manifestar sua recusa por escrito. O depósito deve ser feito no banco localizado no lugar do pagamento, e a comunicação e a recusa devem ser dirigidas ao próprio banco. Após o prazo de manifestação de recusa, se o credor não se opuser ao pagamento, o devedor fica liberado da obrigação, e o comprovante de depósito serve como prova de quitação. O valor depositado fica à disposição do credor, que pode retirá-lo a qualquer momento. Caso o credor recuse o pagamento, o devedor tem um prazo de 1 mês para ingressar com a ação de consignação judicial. É importante ressaltar que esse prazo não é decadencial ou prescricional, mas sim uma forma de preservar a eficácia do depósito extrajudicial. Se a ação for proposta dentro do prazo, o devedor fica livre do valor depositado. Caso contrário, o valor poderá ser levantado pelo devedor, e ele deverá entrar com a ação de consignação judicial. É fundamental ingressar com a ação dentro do prazo estipulado, pois após o vencimento desse prazo, o credor entrará em mora por não ter aceitado o pagamento. Nesse caso, os juros incidirão apenas conforme as taxas bancárias, e não conforme o contrato original. Se o devedor não ajuizar a ação dentro do prazo, ele próprio estará em mora, e os juros do contrato serão contados a partir da consignação. Em nosso escritório, estamos prontos para ajudar você a entender e conduzir corretamente o processo de consignação em pagamento extrajudicial, proporcionando soluções eficientes para seus casos. Entre em contato conosco para mais informações e orientações sobre essa importante questão jurídica. Fonte do artigo: A consignação em pagamento extrajudicial de acordo com o novo Código de Processo Civil – Jus.com.br | Jus Navigandi

A Importância da Assessoria Jurídica para a Contratação de PJ

A Importância da Assessoria Jurídica para a Contratação de PJ:  

A decisão entre contratar um profissional como Pessoa Jurídica (PJ) ou empregá-lo sob as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é uma escolha crucial, trazendo consigo diversas implicações legais e financeiras para ambas as partes envolvidas.  

A distinção fundamental reside na natureza do vínculo empregatício, onde a CLT estabelece uma relação formal com direitos e deveres específicos, enquanto a contratação PJ envolve um contrato comercial entre a empresa e a Pessoa Jurídica, que pode ser um profissional autônomo ou uma empresa. 

Os direitos e benefícios também divergem entre as modalidades, uma vez que os profissionais PJ devem negociar diretamente suas condições contratuais, não usufruindo dos benefícios celetistas. A flexibilidade e autonomia são características associadas à contratação PJ, permitindo maior liberdade na definição de horários e tarefas, ao passo que a CLT impõe uma jornada de trabalho padrão. 

A contratação PJ é frequentemente vista como mais econômica para o empregador, pois não acarreta os mesmos custos relacionados aos benefícios e encargos sociais da CLT. A contratação PJ pode sim oferecer flexibilidade e redução de encargos, mas traz consigo o risco de gerar vínculo empregatício 

No entanto, a contratação PJ demanda atenção às leis tributárias e trabalhistas para evitar problemas legais. 

Riscos legais incluem fiscalização e autuações por parte dos órgãos competentes, principalmente se a relação empregatícia for considerada irregular.  

O risco de reconhecimento de vínculo empregatício é mais evidente na contratação PJ, especialmente se o profissional presta serviços exclusivos para uma única empresa, segue horários fixos e utiliza a estrutura fornecida pelo contratante.  

A prevenção e transparência são fundamentais para mitigar esses riscos, exigindo práticas claras nos termos do contrato e garantindo autonomia suficiente ao profissional para evitar o reconhecimento do vínculo empregatício. 

Portanto, a escolha entre contratar PJ ou CLT demanda uma análise cuidadosa das necessidades específicas da empresa e do profissional, levando em consideração aspectos legais, financeiros e operacionais.  

Ambas as opções possuem vantagens e desafios, sendo a decisão ideal dependente do contexto e das preferências das partes envolvidas. 

Outro ponto importante diz respeito ao risco da contratação do PJ ser considerada como fraudulenta, a famosa pejotização, motivo pelo qual é de suma importância que haja uma assessoria jurídica para nortear as negociações, de forma a garantir a flexibilidade e autonomia inerentes da contratação de PJ, dirimindo os riscos de um reconhecimento de vínculo. 

A pejotização é um fenômeno no mundo empresarial que envolve a contratação de profissionais como Pessoa Jurídica (PJ) de forma irregular, muitas vezes para evitar encargos e obrigações associados à relação de emprego sob a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esse tipo de prática apresenta riscos significativos tanto para os profissionais quanto para as empresas, e suas consequências podem ser amplas e prejudiciais. 

Um dos principais riscos da pejotização para as empresas está relacionado à fiscalização por parte dos órgãos competentes, como o Ministério do Trabalho e a Receita Federal. Caso seja identificada a irregularidade na contratação, a empresa pode enfrentar multas substanciais e penalidades, além de ser obrigada a regularizar a situação contratual dos profissionais envolvidos. 

Além disso, a pejotização pode acarretar consequências negativas na reputação da empresa. A sociedade e os clientes estão cada vez mais atentos às práticas éticas e trabalhistas das organizações, e a descoberta de irregularidades na contratação pode gerar desconfiança e prejudicar a imagem da empresa no mercado. 

Outro ponto crítico é o risco trabalhista. A Justiça do Trabalho pode reconhecer o vínculo empregatício mesmo em situações de contratação via PJ, especialmente se ficar evidente que o profissional realiza atividades exclusivas para a empresa, segue uma jornada fixa de trabalho e utiliza recursos fornecidos pelo empregador. Nesse caso, a empresa pode ser obrigada a arcar com todos os direitos trabalhistas retroativos, como férias, 13º salário e FGTS. 

Em resumo, a pejotização representa um risco substancial para as empresas, envolvendo questões legais, fiscais e trabalhistas. A busca por economia pode se transformar em custos elevados em multas, indenizações e danos à reputação.  

Portanto, a assessoria jurídica desempenha um papel fundamental na orientação das empresas em relação à contratação de profissionais e na garantia de que essas práticas estejam em conformidade com a legislação vigente. Isso não apenas protege os direitos dos trabalhadores, mas também resguarda a empresa de possíveis implicações legais e prejuízos financeiros. 

 

Referências: 

CORVALAN. Felipo Cabral. Os riscos da contratação de trabalhadores como pessoa jurídica. Link de acesso  https://www.migalhas.com.br/depeso/371850/os-riscos-da-contratacao-de-trabalhadores-como-pessoa-juridica 

CORVALAN. Felipo Cabral. Pejotização: fraude, riscos tributários e criminais para empregados e empregadores. Link de acesso https://www.migalhas.com.br/depeso/382755/pejotizacao-fraude-riscos-tributarios-e-criminais 

Autora: Waleska Reis Belini
Advogado Especialista em Direito do trabalho 

Data: Ribeirão Preto, 07 de fevereiro de 2024.

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